Já contando com uma exibição de estréia na SKYPerfecTV nipônica em 2006, pelo sistema pay-per-view, Ghost in the Shell - Stand Alone Complex - Solid State Society retorna em uma versão com todos os seus 105 minutos filmados em 3D estereoscópico.
Kenji Kamiyama (de Jin Roh), que já passou por "Ghost in the Shell(Kōkaku Kidōtai: Stand Alone Complex"), tanto pela série de TV (2002-2003, 26 episódios) como pelo especial de vídeo de 160 minutos (2005).E depois pela segunda temporada intitulada "Ghost in the Shell: S.A.C. 2nd GIG" (S.A.C. 2nd GIG Kōkaku Kidōtai: Sutando Arōn Konpurekkusu Sekando Gigu, 2004-2005, 26 episódios) cujo sucesso obtido gerou o filme 2006, em que Kenji Kamiyama também dirige.
A obra baseada na HQ "Ghost in the Shell''(Kokaku Kidotai) escrita e desenhada pelo célebre recluso Masamune Shirow(Appleseed, Orion, Dominion),lançada pela editora Kodansha(de onde também sairam as publicações Dragon Ball e Hajime no Ippo) em Maio de 1989, correndo uma bem-sucedida, mas vagarosa, trajetória que inclui as continuações "Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interfaces"(1997), a continuação oficial do primeiro mangá, e ''Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interface, Ghost in the Shell 1.5: Human Error Processor''(1991-1996), que apresenta uma série de histórias que seriam originalmente publicadas em Ghost in the Shell 2:Man/Machine Interface.
Até o momento, todas as HQs de Shirow continuam inéditas no país, felizmente o infeliz fato não impediu o reconhecimento de sua obra, em 2002, a Production I.G. - responsável pelo seguimento animado de "Kill Bill" volume 1 -
criou um concurso aberto ao público, na internet, para criação de papéis de parede tendo como base Stand Alone Complex, o brasileiro Leandro Robles chegou a ser um dos finalistas.
Shirow localiza Ghost in the Shell depois de 2029, a década de 30 do século XXI é marcada pelo surgimento de uma nova tecnologia que permite a fusão cerebral à ao cyberespaço.Ghost in the Shell ganhou o mundo após sua primeira para o cinema em "Fantasma do Futuro''(Ghost in the Shell, 1996s), com direção de Mamoru Oshii(de Patlabor 2 - O Filme), onde ressuscitava um pouco interesse na ficção cyberpunk e no Cyborg Manifesto, focando nas questões éticas, filosóficas e sociais da fusão em massa do contingente humano com a tecnologia,
bem como suas ramificações na onipresente rede interligada de computadores, bem como o desenvolvimento e o advento da inteligência artificial levando ao aparecimento do fenômeno do transhumanismo.No ocidente, a obra foi lançada por uma manobra comercial inovadora, se tratando de uma co-produção Japão/Reino Unido – estreou no Reino Unido poucos dias depois do Japão e poucos meses depois nos EUA.Shirow e Oshii prosseguiram com sua oportunidade de reavaliar a identidade pessoal e a singularidade da consciência com ''Ghost in the Shell 2: Innocence''(2004), completamente original, independente da HQ.sendo a sexta animação a passar pelo le Festival de Cannes, e a primeira a ser indicada à Palma de Ouro, arrancando elogios de gente do calibre de Quentim Tarantino(de Bastardos Inglórios)
e ganhando um prequel, na forma do romance ''Innocence: After the Long Goodbyes"(2004), escrito por Masaki Yamada.
Na maior parte das mídias derivadas de Ghost in the Shell, a protagonista é Motoko Kusanagi que, apesar de não haver uma distinção hierárquica entre os membros, é líder tática da organização de salvamento Seção 9- oficialmente anunciado como um orgão internacional, é realmente uma rede contra- terrorista e anti-crime que funciona como parte da Comissão Nacional Japonesa de Segurança Pública. Autorizada a agir com ou sem o consentimento estatal e quase desconhecidos para os olhos do público.Em geral a Seção 9 e seus membros estão entre os melhores elementos de autodefesa cibernética no país -Apelidada de Major devido a sua época na Força de Auto Defesa, além de possuir um grande gênio tático, graças a seu corpo cyborg especializado para tais atividades, possui capacidades acima da média humana, deixando apenas o cérebro e um segmento do cordão espinhal orgânicos.É por seus olhos que vemos as considerações entre as colisões entre natureza humana e a tecnologia a ela incorporada. No cyberpunk a alta tecnologia contrasta com a má qualidade de vida, em Ghost in the Shell Tóquio pode ser vista se remodelando para acomodar a grande massa humana, aqui mais parecida com o sobrepopulosa Hong Kong.
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Com Ghost in the Shell sobrevivendo a reclusão de seu autor, não se curvando ao comercialismo imbecil e se tornando um produto descartável e ainda subexistindo em um meio multimídia de massa aliado a seu retorno em um grande evento, se trata de um motivo para comemorar a longevidade de um bastião de gênero considerado esquecido.
Na maior parte das mídias derivadas de Ghost in the Shell, a protagonista é Motoko Kusanagi que, apesar de não haver uma distinção hierárquica entre os membros, é líder tática da organização de salvamento Seção 9- oficialmente anunciado como um orgão internacional, é realmente uma rede contra- terrorista e anti-crime que funciona como parte da Comissão Nacional Japonesa de Segurança Pública. Autorizada a agir com ou sem o consentimento estatal e quase desconhecidos para os olhos do público.Em geral a Seção 9 e seus membros estão entre os melhores elementos de autodefesa cibernética no país -Apelidada de Major devido a sua época na Força de Auto Defesa, além de possuir um grande gênio tático, graças a seu corpo cyborg especializado para tais atividades, possui capacidades acima da média humana, deixando apenas o cérebro e um segmento do cordão espinhal orgânicos.É por seus olhos que vemos as considerações entre as colisões entre natureza humana e a tecnologia a ela incorporada. No cyberpunk a alta tecnologia contrasta com a má qualidade de vida, em Ghost in the Shell Tóquio pode ser vista se remodelando para acomodar a grande massa humana, aqui mais parecida com o sobrepopulosa Hong Kong.
Os fatos da superpopulação e crimes perpetrados por novas ferramentas já havia sido o plot de ''Patlabor''(Kidō Keisatsu Patlabor, 1988), onde, no primeiro episódio da série podemos ver um crime com um mecha labor e sua subseqüente perseguição em meio a uma área coberta de favelas no então futuro de 1998.
Ghost in the Shell é por vezes apontado como sucessor da mídia japonesa mais bem-sucedida do decênio de 1980, o célebre e influente ''Akira'' de Katsuhiro Otomo, a HQ (1982-1990, 6 volumes) é grande clássico do movimento cyberpunk e o filme(1988) é o responsável pela posterior grande visibilidade para a produção audiovisual produzida no Japão.Na verdade Ghost in the Shell advinde diretamente da revolução do romance ''Neuromancer''(1984), de William Gibson. Neuromancer, redefine os parâmetros no estilo cyberpunk, onde coloca seu protagonista Case em um cyberespaço quase que “físico”. O Projeto 2501 que aparece em Fantasma do Futuro, ou como se apresenta: Mestre dos Fantoches é uma adaptação da inteligência artificial brasileira que dá rumo a Neuromancer. o embrião para o deserto do real da ''Matrix''(The Matrix, 1999), dos Wachowski.Neo (Keanu Reeves) é o perfeito Case, que entre outras coisas, é plugado a Matrixpela tecnologia comum em Ghost in the Shell.
Voltando ao tópico literário, Kenji Kamiyama e seus Stand Alone Complex diferem um pouco do trabalho de Oshii, fazendo um enredo alternativo, separado daquele elaborado por Mamoru Oshii e por Masamune Shirow nas HQs, o que fez surgir, em livros, a trilogia escrita por Junichi Fujisaku(de Blood, The Last Vampire), formada por "The Lost Memory"(2004), "Revenge of the Cold Machines"(2004) e "White Maze"(2005)..
Com Ghost in the Shell sobrevivendo a reclusão de seu autor, não se curvando ao comercialismo imbecil e se tornando um produto descartável e ainda subexistindo em um meio multimídia de massa aliado a seu retorno em um grande evento, se trata de um motivo para comemorar a longevidade de um bastião de gênero considerado esquecido.
Se estiver passando por Shinjuku no final de Março, dê um ajuste em seus implantes óticos e calibre seu depósito de serotonina e assista a uma experiência de uma visão do futuro, criada no passado e repaginada no presente.
Por mais que as épocas avancem e por mais metal e silício que seu corpo contenha, é apenas humano, nós somos o fantasma que habita a concha.
Até mais e que a força esteja com você.
Ótimo post cara, conseguiu abordar bem todos os pontos do ghost in the shell, desde o manga até as animações
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