Doze anos após o último disco, "Memória Velha", a banda se transformou
em dupla. Cheios de gás, o português João Ricardo, de 62 anos, e o
mineiro Daniel Iasbeck, de 33, apresentam o oitavo trabalho do grupo,
"Chato-Boy", lançado em show nesta quinta-feira, no Cine Joia.
A dupla
O primeiro encontro entre os dois se deu há 15 anos, em Minas Gerais. João Ricardo era amigo do pai de Daniel Iasbeck - então um adolescente apaixonado por música -, três anos mais velho que o músico. Mas a união só se consolidaria mais tarde, em 2007, quando Iasbeck, então estabelecido em São Paulo, voltou a procurar Ricardo. "Eu tinha montado uma espécie de estúdio portátil e quis saber se ele queria gravar algo", conta ele. João Ricardo aceitou.
Juntos, fizeram então o álbum "Puto", solo de Ricardo, lançado naquele ano. De Secos e Molhados, Iasbeck pouco conhecia. Antes do encontro que resultaria em "Puto", foi ouvir a discografia da banda. Apaixonou-se pelo som, que aliou a Tropicália ao embrionário rock nacional, com visual glam, letras poéticas e belos arranjos.
O show desta quinta à noite e o novo disco, "Chato-Boy", também celebram os 40 anos do primeiro registro da banda, "Voo", de 1971. E terá canções de todas as formações da banda, inclusive a segunda, com Ney Matogrosso e Gérson Conrad, de 1973 a 1974, como "O Vira" e "Rosa de Hiroshima". O disco, à venda no site da banda, é um trabalho independente.
Álbum de 1973
Fonte: Jornal da Tarde.
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