"Podemos estar no segundo andar de um edifício e ler um telefone do primeiro", diz pesquisador da visão de computador Jan-Michael Frahm, da University of North Carolina em Chapel Hill.
Frahm e Fabian Monrose da UNC-Chapel Hill, criaram um programa chamado iSpy, que identifica o texto digitado em um touchscreen de imagens de vídeo da tela ou até mesmo em reflexo nas janelas ou óculos de sol. Vídeo de uma câmera de telefone celular comum pode ser usado para espionar uma pessoa de 3 metros de distância. E um com uma câmera SLR digital que dispara HD video pode ler uma tela de até 60 metros de distância.
O programa explora a “falha” dos teclados virtuais de telas touchscreen pequenas. Ao pressionar uma tecla, a letra é ampliada durante alguns centésimos de segundo para facilitar a correção de erros pelo usuário ou deixá-lo irritado por ter digitado uma tela ao invés de outra. Assim que a letra pressionada pular na tela do usuário, o aplicativo detecta o que foi digitado. Para melhorar ainda mais a detecção, o iSpy possui um sistema interno que calcula a probabilidade da tecla ter sido pressionada corretamente pelo usuário. Nos testes, o aplicativo detectou a letra correta em 90% dos casos!
Frahm planeja continuar usando o seu iPhone, embora ele seja mais consciente sobre o que ele digita, se ele não está em um lugar privado.
"Este ataque criativo e não-intuitiva prova mais uma vez que não podemos nos tornar complacentes quando adoção de novas tecnologias", afirma Avi Rubin, da Johns Hopkins University em Baltimore, Maryland. Rubin recomenda precauções a tomar, como bloquear a tela com sua mão ou do corpo, ao utilizar aplicações sensíveis sobre um telefone móvel.
Fonte: New Scientist
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