quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Resenha do Livro O Cortiço (Aluísio de Azevedo)

           
                O livro O Cortiço é uma novela escrita pelo brasileiro Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (conhecido por Aluísio de Azevedo), nasceu em 14 de abril de 1857 em São Luís (Estado do Maranhão). Aluísio de Azevedo foi um novelista, cronista, contista, diplomata, escritor e jornalista. Escreveu inúmeras obras de sucesso, dentre elas as novelas Casa de Pensão (1884), O Cortiço (1890) e O Mulato (1881). Ocupou a cadeira quatro na Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono Basílio da Gama. Aluísio Azevedo faleceu em 21 de janeiro de 1913 na cidade de Buenos Aires. O livro, O Cortiço originalmente foi publicado em 1890, porem a versão na qual estou resenhando foi publicada pela editora Circulo Dos Livros (S /D).





               
                Esta obra é uma das mais curiosas da história do Naturalismo. O livro nos apresenta inúmeros personagens, nos quais são moradores ou não de um cortiço no estado do Rio de Janeiro, onde moram em sua maioria (no cortiço) os excluídos e os humilhados, ou seja, todos aqueles que não se misturavam com a burguesia da época. A narração nos mostra os problemas com os vícios e manias destes moradores que de alguma forma se assemelham aos brasileiros nos dias atuais.
               
                Narrado em terceira pessoa onisciente, o livro nos trás inúmeras histórias, Aluísio Azevedo nos mostra não uma simples história, mas uma análise cientifica dos personagens, que enfocam principalmente os seus defeitos, contando com elementos como o zoomorfismo, o determinismo e também o darwinismo. 

                A obra nos apresenta estes inúmeros personagens, dentre eles o de João Romão (dono do cortiço) e de sua amante Bertoleza (uma escrava que acreditava ser livre). Em oposição na história surge a figura de Miranda, um  comerciante  que tem uma disputa acirrada com João por terras e status sociais. Em meio a estes contextos surge também personagens como o de Rita Baiana, o capoeirista Firmo, Jerônimo, Piedade e a polêmica Pombinha (que enquanto aguardava sua menarca, foi abusada sexualmente por sua madrinha Leonia, sofrendo então inúmeras mudanças), alem de outros personagens e suas histórias que enriquecem a novela de Azevedo, tornando-a assim um belíssimo conto, com várias linhas de pensamento.

                Com isso tento mostrar que este livro não é uma simples obra, mas um belíssimo clássico literário brasileiro, que também alem de ser uma leitura acadêmica obrigatória é também um clássico memorável.  Mesmo sendo considerada por muitos um livro chato e maçante, eu o considero um clássico literário muito importante e interessante de se ler, deixando assim de ser uma leitura obrigatória, e se tornando uma leitura que nos forma pessoalmente.

4 comentários:

  1. queria um resumo menor sobre esse texto!!!essa ta mto grande..

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  2. Amei a resenha sobre o livro muito bem relatada e elaborada, o blog esta de parabéns, sempre entro no blog e adoro as postagens'

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